Recentemente, fez um ano da abertura da primeira via de Highline de Florianópolis.
No sábado dia 13 de abril foi o dia em que essa conquista se concretizou, mas antes vou falar um pouco do processo até essa conquista.
A minha iniciação no esporte veio em meados do meio de 2010. Foi nesse ano que conheci o slackline, meio tímido no começo ficava sempre de olho pra ver se não encontrava alguém praticando, já que não tinha meu equipamento ainda. Em 2011 adquiri meu primeiro equipo, uma fita de 30 metros e que logo já foi esticada em toda sua extensão.
Como o número de praticantes era extremamente pequeno as informações vinham basicamente da internet. O mais interessante nesse começo é que tive o prazer de conhecer através de um amigo a incrível pessoal que é o Nicola Martinez, pessoa de um coração enorme e carisma imenso. Esse cara é muito fera na escalada, e teve um grande contato com Dean Potter no Yosemite. Contando suas histórias me motivou muito a perseguir o sonho de fazer um highline. Além de incentivar deixou comigo a minha primeira fita tubular para armar um sistema primitivo.
Sei que depois desse contato o que eu queria mesmo era fazer highline e sentir a sensação que ele havia me passado em suas histórias, sabia que diante das circunstância e do conhecimento que eu possuia a jornada seria longa. Para alcançar este objetivo dediquei muitas horas de estudo procurando entender os novos equipamentos do esporte e aprender com quem estava gerando conhecimento.
Após um longo período de estudos aliados a pratica em meu equipamento era chegada a hora de colocar em prática o que eu havia estudado e os conhecimentos para montagem de longline. Com a chegada do amigo Henrique Ferreira a Florianópolis, tive o prazer de começar a praticar longline com os mesmos equipamentos usados nos Estados Unidos. Praticávamos sempre que possível uma distância de aproximadamente 45, 50 metros, que era limitada pelo tamanho da fita.
Com estas praticas tornando-se mais rotineiras, e o domínio sobre a fita aumentando era hora de experimentar na altura. O primeiro contato não foi nas montanhas, mas sim nas árvores como a grande maioria dos praticantes inicia. Esse slackline (midline) foi armado com a ajuda do Ere, Henrique e do Mathieu Pertus (Francês que passava um tempo na ilha).
Foi uma ótima experiência, apesar de toda a batalha eu não consegui atravessar a fita. Todavia foi um treino, e uma excelente primeira impressão da altura. Con certeza sai muito preparado para o próximo desafio, pedra da Gávea, o mais clássico highline do Brasil.
Eu estava com a viagem marcada para o Rio, e aproveitei para inserir este meu primeiro highline nesses dias. Tive a sorte de coincidir com a vinda do Andy Lewis pro Brasil, o que fez ainda maior a motivação do pessoal para armar e andar o highline nessa data.
A experiência foi muito marcante, acompanhei a montagem de perto prestando atenção em todos os detalhes. Quando finalizada pude apreciar o domínio da fita dos gringos seguido dos brasileiros presentes (Bruno Migueis, Sancler, Pardal e outros) que não deixaram por menos. Só fui ter a minha primeira tentativa no dia seguinte, após uma noite linda na caverna da pedra, com uma vista privilegiada da zona sul carioca. Logo em minha primeira tentativa, que acompanhava os primeiros raios do dia tenho a experiência do meu primeiro leashfall, adrenalina a mil sem entender muito saio da fita pra descansar. Escuto uns conselhos do pessoal, e especialmente do Mathieu, falando que eu era capaz e que era uma questão de respirar e querer chegar ao outro lado, estas palavras me deixaram muito motivado a enfrentar aquela vertigem que tanto nos perturba.
Na quarta tentativa do dia consigo atravessar, a alegria e o alívio é tamanho que descarrego toda energia quando chegando no outro lado, e me contento assim, só com a travessia de ida.
Após esta intensa experiência adquirida no Rio, volto pra minha cidade muito motivado e com esta nova experiência nas costas, tudo que eu precisava para essa nova conquista. Após algumas visitas ao local, decidimos aonde seria aberto o highline. Com o objetivo traçado, precisávamos juntar todo nosso equipamento, e mais a ajuda de um amigo que emprestaria a corda de backup, tendo tudo em mãos era só escolher a data.
Partimos na missão no dia 13 de abril de 2013, eu Vinícius Goulart, Henrique Ferreira e Pedro Bruciapaglia. O highline era composto por uma ancoragem natural e outra efetuada em parabolts. Chegado lá faltavam bater mais dois furos, o que fez que a montagem acabasse perto do final do dia, que sem demoras já mostrava a característica do local, muito vento de todos os lados. Tentei ao entardecer, não obtive sucesso na travessia, porém o sentimento de conquista e dever cumprido tomavam conta, voltamos todos realizados e felizes. Esse primeiro dia teve histórias cômicas e dignas de uma aventura, você pode acompanhar nesse link o relato que o Henrique Ferreira, fez ao site do Mundo Crux.
A segunda investida veio no dia 20 de abril, saímos cedo e preparados. Após uma boa caminhada de aquecimento chegamos e fomos logo montando. A diversão foi garantida, tivemos a presença de pessoas tentando pela primeira vez, e o resultado esta no video que vocês podem assistir na aba de videos, ou neste link.
Passados um ano, o sentimento só aumenta em relação ao esporte. Cada vez me sinto melhor e mais motivado a novos desafios. É muito legal ver o cenário do highline na ilha, ver todas as pessoas que passaram por aqui e fizeram e tiveram o prazer de andar nos highlines aqui estabelecidos, apreciar a beleza e compartilhar da energia. Alguns destes também ajudaram a abrir algumas dessas vias mais recentes deixando também sua contribuição.
Este aniversário despertou o interesse do pessoal do Zona de Impacto a realizar uma matéria retratando um pouco da história do highline na ilha.
A matéria foi gravada na última via conquistada aqui na ilha, localizada na Lagoa da Conceição e batizada de Constantina Conceição, conta com 62 metros de comprimento e um caminhada de fácil acesso a sua base.
O material esta gravado e tem uma prazo máximo de 1 mês para ir ao ar, podendo ser colocado na programação antes. Irei avisá-los quando o programa for ao ar.
No sábado dia 13 de abril foi o dia em que essa conquista se concretizou, mas antes vou falar um pouco do processo até essa conquista.
A minha iniciação no esporte veio em meados do meio de 2010. Foi nesse ano que conheci o slackline, meio tímido no começo ficava sempre de olho pra ver se não encontrava alguém praticando, já que não tinha meu equipamento ainda. Em 2011 adquiri meu primeiro equipo, uma fita de 30 metros e que logo já foi esticada em toda sua extensão.
Como o número de praticantes era extremamente pequeno as informações vinham basicamente da internet. O mais interessante nesse começo é que tive o prazer de conhecer através de um amigo a incrível pessoal que é o Nicola Martinez, pessoa de um coração enorme e carisma imenso. Esse cara é muito fera na escalada, e teve um grande contato com Dean Potter no Yosemite. Contando suas histórias me motivou muito a perseguir o sonho de fazer um highline. Além de incentivar deixou comigo a minha primeira fita tubular para armar um sistema primitivo.
Sei que depois desse contato o que eu queria mesmo era fazer highline e sentir a sensação que ele havia me passado em suas histórias, sabia que diante das circunstância e do conhecimento que eu possuia a jornada seria longa. Para alcançar este objetivo dediquei muitas horas de estudo procurando entender os novos equipamentos do esporte e aprender com quem estava gerando conhecimento.
Após um longo período de estudos aliados a pratica em meu equipamento era chegada a hora de colocar em prática o que eu havia estudado e os conhecimentos para montagem de longline. Com a chegada do amigo Henrique Ferreira a Florianópolis, tive o prazer de começar a praticar longline com os mesmos equipamentos usados nos Estados Unidos. Praticávamos sempre que possível uma distância de aproximadamente 45, 50 metros, que era limitada pelo tamanho da fita.
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| Midline Praia do Moçambique - Florianópolis |
Com estas praticas tornando-se mais rotineiras, e o domínio sobre a fita aumentando era hora de experimentar na altura. O primeiro contato não foi nas montanhas, mas sim nas árvores como a grande maioria dos praticantes inicia. Esse slackline (midline) foi armado com a ajuda do Ere, Henrique e do Mathieu Pertus (Francês que passava um tempo na ilha).
Foi uma ótima experiência, apesar de toda a batalha eu não consegui atravessar a fita. Todavia foi um treino, e uma excelente primeira impressão da altura. Con certeza sai muito preparado para o próximo desafio, pedra da Gávea, o mais clássico highline do Brasil.
Eu estava com a viagem marcada para o Rio, e aproveitei para inserir este meu primeiro highline nesses dias. Tive a sorte de coincidir com a vinda do Andy Lewis pro Brasil, o que fez ainda maior a motivação do pessoal para armar e andar o highline nessa data.
A experiência foi muito marcante, acompanhei a montagem de perto prestando atenção em todos os detalhes. Quando finalizada pude apreciar o domínio da fita dos gringos seguido dos brasileiros presentes (Bruno Migueis, Sancler, Pardal e outros) que não deixaram por menos. Só fui ter a minha primeira tentativa no dia seguinte, após uma noite linda na caverna da pedra, com uma vista privilegiada da zona sul carioca. Logo em minha primeira tentativa, que acompanhava os primeiros raios do dia tenho a experiência do meu primeiro leashfall, adrenalina a mil sem entender muito saio da fita pra descansar. Escuto uns conselhos do pessoal, e especialmente do Mathieu, falando que eu era capaz e que era uma questão de respirar e querer chegar ao outro lado, estas palavras me deixaram muito motivado a enfrentar aquela vertigem que tanto nos perturba.
Na quarta tentativa do dia consigo atravessar, a alegria e o alívio é tamanho que descarrego toda energia quando chegando no outro lado, e me contento assim, só com a travessia de ida.
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| Primeira travessia na pedra da Gávea - Rio de Janeiro |
Partimos na missão no dia 13 de abril de 2013, eu Vinícius Goulart, Henrique Ferreira e Pedro Bruciapaglia. O highline era composto por uma ancoragem natural e outra efetuada em parabolts. Chegado lá faltavam bater mais dois furos, o que fez que a montagem acabasse perto do final do dia, que sem demoras já mostrava a característica do local, muito vento de todos os lados. Tentei ao entardecer, não obtive sucesso na travessia, porém o sentimento de conquista e dever cumprido tomavam conta, voltamos todos realizados e felizes. Esse primeiro dia teve histórias cômicas e dignas de uma aventura, você pode acompanhar nesse link o relato que o Henrique Ferreira, fez ao site do Mundo Crux.
A segunda investida veio no dia 20 de abril, saímos cedo e preparados. Após uma boa caminhada de aquecimento chegamos e fomos logo montando. A diversão foi garantida, tivemos a presença de pessoas tentando pela primeira vez, e o resultado esta no video que vocês podem assistir na aba de videos, ou neste link.
Passados um ano, o sentimento só aumenta em relação ao esporte. Cada vez me sinto melhor e mais motivado a novos desafios. É muito legal ver o cenário do highline na ilha, ver todas as pessoas que passaram por aqui e fizeram e tiveram o prazer de andar nos highlines aqui estabelecidos, apreciar a beleza e compartilhar da energia. Alguns destes também ajudaram a abrir algumas dessas vias mais recentes deixando também sua contribuição.
Este aniversário despertou o interesse do pessoal do Zona de Impacto a realizar uma matéria retratando um pouco da história do highline na ilha.
A matéria foi gravada na última via conquistada aqui na ilha, localizada na Lagoa da Conceição e batizada de Constantina Conceição, conta com 62 metros de comprimento e um caminhada de fácil acesso a sua base.
O material esta gravado e tem uma prazo máximo de 1 mês para ir ao ar, podendo ser colocado na programação antes. Irei avisá-los quando o programa for ao ar.