24 de nov. de 2015

Equipamentos Balance Community - Agora, no Brasil !!


Hoje eu escrevo para informar uma grande notícia, agora é possível comprar os excelentes equipamentos de slackline da BALANCE COMMUNITY diretamente no Brasil. Isso mesmo você não vai mais precisar pedir para aquele seu amigo trazer, ou ficar esperando ansioso se a encomenda vai chegar, se vai ser taxada ou qualquer outro imprevisto que possa acontecer.

O portal para a venda dos equipamentos, no momento, esta junto com a loja da EMPTY Online. É uma parceria que estamos realizando com a marca. Você ganha com um acesso facilitado em um ambiente seguro e ótimas opções de pagamento disponibilizadas. Entre toda essa interatividade você aproveita para olhar as excelentes roupas da Empty, uma marca genuinamente catarinense com desenvolvimento local.


Este é o começo deste projeto que veio pra ficar. No momento estamos juntamente com a Empty, mas já estamos trabalhando para desenvolver um portal exclusivo de slackline em PORTUGUÊS com todas as funcionalidades e conteúdo existentes no site americano. Pode ter certeza que estamos muito felizes de poder dar acesso ao público Brasileiro e da América do Sul a estes equipamentos que são cuidadosamente desenvolvidos e são mundialmente conhecidos por sua qualidade e segurança.

Você pode acessar clicando BALANCE COMMUNITY BRASIL e navegar por entre os produtos e suas especificações. Atualmente contamos com uma gama de aproximadamente 50 itens diferentes para você se equipar e se divertir praticando slackline com segurança. Com opções de kits, polias, freios, fitas, conectores e acessórios.



Qualquer dúvida você pode entrar em contato através deste e-mail: RAFA.BRIDI@BALANCECOMMUNITY.COM

Muito equilíbrio para todos nós!

29 de out. de 2015

Do litoral aos Alpes e sua comunidade EFERVECENTE




Durante minha experiência viajando pela Europa cultivei bons amigos e de quebra tive acesso a um vasto conhecimento. Apesar do surgimento do esporte em terras americanas, o grande desenvolvimento de técnicas e crescimento de praticantes vem da Europa.

O slackline passa por um momento de grande expansão. São mais praticantes, locais, simpatizantes e leigos. O esporte esta interagindo com um número muito grande de pessoas em todo o mundo. Isto é muito positivo, porém traz responsabilidades e o desafio é entre tantos aspectos uma comunicação efetiva com todos estes distintos públicos. E através destas demandas, associações, federações e grupos estão assumindo o papel da comunicação. O slackline e a sociedade civil criam assim, um bom relacionamento que busca laços de informação e longevidade.

A necessidade de uma interlocução entre as federações existentes os grupo de praticantes e a grande população que não conhece e interage com o esporte ao assistir, observar e iniciar no esporte criam uma demanda de uma organização superior que guie todos estes aspectos. Durante aproximadamente um ano, um grupo compostos por membros de federações e associações se reuni com o objetivo de analisar, armazenar e gerar informações. Com estas discussões ganhando em conteúdo e representatividade a pauta da criação de uma federação mundial ganha cada vez mais força e apoio da comunidade.

Em agosto um grande grupo de pessoas estava se propondo a interagir no formato de um workshop. Liderada pela federação da Suíça e da Austria o encontro intitulado em Slackline in Public Spaces (Slackline em áreas públicas) tinha em sua proposta interações com o público em três locais na cidade de Bern, contemplando as disciplinas do waterline, longline e highline. E com estas interações conversar com os passantes e coletar informações pertinentes. Foram cinco dias de muita discussão sobre o slackline e seu vasto campo de modalidades e práticas e como criar uma comunicação dos diferentes grupos envolvidos com os não praticantes. Como resultado deste brainstorm coletivo foram gerados documentos, fliers de conteúdos diversos que você pode acessar neste link (notícias ISA). Tudo isto de forma interativa e coletiva, com cada participante contribuindo conforme sua habilidade e seu interesse em um ambiente efervescente e único.

Interagindo nas ruas

Deliciosa comida vegana. 

Em um dos locais que aconteceu o workshop.

Local dos waterlines
Foto: Pedro Caetano

E o local dos midlines.



Com todo este conteúdo humano reunido, representando federações e associações uma intensa discussão se sucedeu à respeito da formalização da ISA (Federação Internacional de Slackline). Com a presença dos presidentes das federações dos EUA, Suíça, Alemanha e Austria depois de dias discutindo estatuto e diretrizes surge o início formal de um grande trabalho a ser feito. Muita coisa precisa acontecer para que esta Federação Internacional seja ativa e representativa em todos os países e em suas características. Com a proposta de um diálogo aberto, pretende ter a representatividade dos praticantes e de todos envolvidos em suas ações voltadas ao slackline como esporte e arte.

Assinatura dos papeis ISA.


Pude através da minha presença neste grande momento do esporte conversar e expor a minha visão do cenário brasileiro diante o slackline. A ISA tem grande interesse em ter o Brasil participando das conversas e sendo membro. Isso proporciona excelente oportunidades tanto para o cenário mundial como para o slackline no Brasil. Surge uma série de informações e conhecimento recentes de forma compartilhada disponibilizados em território nacional. Este tipo de conhecimento favorece ao crescimento e sustentação do slackline, que é um lindo esporte e estilo de vida. 

Este encontro ocorreu na cidade de Berna, que além de ter todo as particularidades da Suíça é o local para um dos maiores festivais de slackline do mundo. O Bern City Slack, acontece em um camping da cidade e conta com um público passante de cerca de três mil pessoas.

Além deste grande público, reuni um grupo de atletas entre os mais experientes do highline e longline mundialmente. Trazendo produções em primeira mão e técnicas de montagens únicas. Todo este público interagindo através da mesma vibração, vivendo o presente e sorrindo para os novos desafios. São três dias de evento em pleno verão, mais que um convite para a população conhecer o esporte.

É a segunda vez que eu tenho a possibilidade de interagir neste agradável encontro. Este ano aconteceu minha participação de forma repentina, enquanto no ano de 2014 eu vinha de uma experiência mais longa ao viajar pela Europa sem muitos destinos e expectativas.

Seção de Acro matinal.



Foto: Tobias Rodenkirch

Foto: Tobias Rodenkirch

Sam caminhando na fita de 60 kg Foto: Tobias Rodenkirch


Lindo rio Aaere Foto: Aurelian Edelmann

Foto: Aurelian Edelmann
Surfando no limite. Foto: Oli



Neste ano como nos anos anteriores, foi montada um longline com ancoragens humanas com cerca de cem metros. A linha foi montada com aproximadamente 25 pessoas em cada lado e foi utilizada uma fita de Dyneema para facilitar ao tensionamento. A pessoa escolhida para andar foi Aaron Andrijanic, jovem morador da cidade e assíduo praticante de slackline. Sua caminhada foi segura e tranquila, no estilo à vista (primeira tentativa). Ao concretizar a caminhada um nova recorde mundial era estabelecido. 

Finalizando a travessia Foto: Thomas Buckingham

Foto de encerramento com os Slackers Foto: Sarah


Este encontro é a primeira parada para as atividades do TransAlp Waterline Tour (Circuito de Waterline através dos alpes). Ele inicia com uma reunião entre todos interessados, aonde é repassada por parte dos organizadores as recomendações e a programação das atividades. Com uma característica itinerante a logística e o deslocamento demandam grande atenção. Este ano, devido ao maior número de participantes as paradas foram divididas em dois locais. Cortando a inusitada parada nos lagos gelados de Gottard Pass. Tal decisão acontece devido a falta de estrutura no local para abrigar tantas pessoas. Assim o foco fica nos maiores lagos e suas possibilidades.

O Waterline tour por ser itinerante trás um ar de novidade em cada local. A parada em Zion é incrível, águas quentes e uma comunidade local muito ativa e apaixonada pelo slackline. São eles os responsáveis por inovar na construção de estruturas para ancoragem dos waterlines . Este ano a estrutura estava muito diferente, com a possibilidade de ancorar três fitas simultaneamente com uma altura de 4 metros em relação a água. 

Foto: Aurelian Edelmann
Foto: Aurelian Edelmann
Estrutura de 2014 Foto: Pedro Caetano


Contando com participantes de peso presente, as possibilidades foram aumentando em distância e novos waterlines de 147 e 150 foram montados com ancoragens na casa dos 7 metros de altura. Para garantir um maior aproveitamento, foram instalados leash (cordas de segurança). Poder caminhar em um waterline dessa magnitude em uma fita de nylon (dinâmica) é muito bom, traz a possibilidade de inovar nos bounces e todos os movimentos que o slackline proporciona. 

Foi um total aproximado de 10 waterlines montados com distâncias variando entre 30 e 150 metros, com fitas de todos os materiais. Mas seguindo a tendência de movimentos mais dinâmicos e soltos, a grande maioria foi montada em nylon, principalmente as mais longas.

Com todo este parque de diversões armado pude me conectar rapidamente a um estado de calma e passos controlados. Consegui assim melhorar um pouco minha mais longa travessia de waterline (modalidade sobre a água) percorrendo uma distância de 110 metros. Também pude andar muito nas distâncias mais longas, aproveitando muito estas possibilidades. Através de momentos muito alegres eu me motivava ainda mais. 

Waterline de 110 metros Foto: Pedro Caetano

Depois de três dias neste belo lugar chegava o dia de pegar a estrada desarmar os slacklines rumo a Flims, cidade entre as famosas montanhas e alps Suíços. No ano de 2014, este lugar ficou muito marcado em minhas recordações. O seu lago de águas cristalinas e calmas proporciona um cenário fantástico para os esportes aquáticos. São pedalinhos, standup paddles e muitos waterlines para a diversão de todos os presentes. 

Foto: Pedro Caetano

Foto: Pedro Caetano

Neste ano, o número de pessoas esperado para esta parada era bem grande, trazendo mais cores e personalidade para este belo pedaço de natureza, o lago Caumasee. Porém o tempo não ajudou muito e com a chuva veio o frio, decorrente da altitude de aproximadamente mil metros acima do nível do mar. Frio em pleno verão. 

Para ter um melhor conforto nos waterlines, a maioria dos praticantes trouxe suas roupas de borracha, o que além de protegerem contra o frio adicionavam uma proteção extra contra as quedas.





Mas nem o frio e nem a chuva impediram que os limites do esporte fossem mais uma vez superados. Foram montadas duas linhas que eram possíveis recordes mundiais. Uma com 200 metros de distância montada com a adorável e minha favorita T-18 MKII da Balance Community que seria o recorde de distância se tratando de fitas de poliamida (Nylon) e uma de 340 metros em Dynnema que seria o recorde em maior distância atravessada sobre a água.

Julian na exposição na linha de 340.
 Foto: Aurelian Edelmann

Não demorou muito e ambos os recordes foram quebrados. Mas mesmo com estas importantes marcas o foco continuava sendo a diversão e a superação dos limites pessoais. Nestes encontros é possível perceber a importância de sermos presentes e verdadeiros, a energia que as pessoas que vivem neste estado de consciência transmitem é muito forte e contagiante. Muitos dos aprendizados são passados de forma não verbal, por gestos sentimentos e olhares. Um grande espírito de família toma conta. E como qualquer despedida, é difícil dizer tchau e voltar para nosso lar deixando esta família que sempre acolhe de braços abertos.




Entre amigos. Foto: Aurelian Edelmann

Foto: Aurelian Edelmann

Mas uma experiência de muitos aprendizados. Foi um momento de um novo despertar, de mudança de rumos e uma certeza continua sendo muito vigente, o slackline me ensina a cada dia ser uma pessoa melhor. 

16 de jan. de 2015

Novo ano e novas linhas

O ano de 2014 foi um ano incrível. Tive oportunidade de realizar muitos sonhos e assim cultivar tantos outros. Com essa ótima energia de um ano bastante marcante fui para um refúgio na serra catarinense curtir a virada na forma mais pura e simples, imerso na natureza.

Foram seis dias em uma casinha postada em meio as montanhas. O clima ameno devido a altitude combinava com a calma e tranquila dos amigos presentes. E como toda experiência, era chegado a hora de voltar.

A ideia era ficar por Urubici e realizar um novo projeto de fácil acesso na cidade. Após algumas ligações e conversas a notícia que não gostaríamos de escutar, o projeto precisava ser adiado devido as liberações do local. Porém eu Vinícius e Allan aproveitamos mais um dia para curtir as belezas da cidade e mergulhar nas inúmeras cachoeiras da região e recarregar ainda mais as baterias.

Com esta notícia antecipamos o próximo projeto, destino agora era a praia do Rosa. O local apresenta uma condição muito boa pra prática do highline, é uma garganta na beira do mar formada exclusivamente por rochas de granito. A primeira via do local havia sido aberta pelo Fernando Matile de Jaraguá do Sul, e recentemente o Rodrigo Luciano e o Diego haviam aberto uma linda via com ancoragens mistas.

Chegando a praia do Rosa.

Vista para a praia do Rosa da Garganta.


O nosso objetivo era montar essa via nova que não havia sido batizada, e abrir uma via que cruzasse a garganta por completo. Plano feito, equipamentos separados só esquecemos de avisar ao sol para dar uma trégua. 

Demos início aos trabalhos de montagem por volta das dezesseis horas. Escolhemos montar a linha menor pois já estava tudo pronto. Enquanto o Vini e o Allan se encarregavam da montagem da linha eu iniciava os pontos de ancoragem do outro highline. Conseguimos montar um highline e furar um dos lados do outro highline, mas a rocha dura e o calor ganharam da bateria da furadeira e das brocas, obrigando a dar continuidade aos trabalhos no outro dia.

Com um dos highlines já montados, o foco do dia era finalizar as ancoragens. Novamente a broca não aguentou o calor e tive que acabar os furos no bom e velho batedor.

Trabalho duro concluído, agora era hora da diversão. Começamos com a fita menor, a qual tem uma exposição muito bonita sobre as pedras e o mar, em harmonia com o local e as ondas. Como não temos laser, acreditamos que essa travessia seja maior que 45 metros baseando na experiência de outros highlines. Eu tive o prazer de batizar a linha com um full man dando o nome de Bruxaria. O Allan e o Vini conseguiram completar o half man, porém não foi por falta de tentativas que eles não mandaram o full man, é uma linha bastante exposta. 



Allan em direção ao Sol.

Vinicius curtindo ao máximo.

Vinicius andando para todas as direções.


Caminhada casual.

Após do aquecimento na linha menor, era hora de encarar o novo highline. Estávamos muito desgastados do sol e do calor intenso, mesmo ingerindo muita água nos sentíamos desidratados. A tentativa na linha foi muito desgastante. Apesar do cansaço, consegui atravessar em ambas as direções com apenas uma queda o que me deixou bem satisfeito, se tratando de uma longa travessia depois de um dia muito intenso.

Vista da ancoragam do Super Aquecimento.

Primeira Caminhada na fita.


Resolvemos levantar acampamento pensando na alimentação e descanso, focando no próximo dia. Comida boa e uma boa noite de sono foram o cardápio da noite.

Chegamos no outro dia focados em aproveitar o máximo e desmontar os highlines. E assim procedeu as atividades. Pude entrar novamente na linha maior, agora em total disposição. Em pleno sol do meio dia consegui realizar o half man bem mais tranquilo, sentia o meu corpo e mente mais forte, muito mais conectados e nesse foco voltei completando o full man. Em virtude do calor a linha foi batizada de Super Aquecimento, são no mínimo setenta metros de extensão com uns 30 metros de altura. Mais uma linda linha conquistada e mais um ano iniciando em alto estilo.

Sag is swagy



Um lindo dia de muito calor.

Completando o full man.


A rapaziada ainda andou bastante na Bruxaria até o esgotamento total. Desarmamos os highlines, fizemos a trilha até a praia, e naquele calor a única coisa que passava em nossas cabeças era o banho de mar e o almoço. Banhados e alimentados seguimos de volta a ilha, porque os projetos só estavam começando.

Linhas:

Bruxaria - Distância ~ 45 metros / Exposição 20 metros
Super Aquecimento - Distância ~ 70 metros / Exposição 30 metros